sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Aquilo que me faz viver tão melhor.

A saber, do tempo que passo comigo mesmo só me recordo das horas mais bonitas, com a luz do sol pela fresta da telha... Um Doende dançando sobre o reflexo de uma colher de sopa iluminada pelo mesmo sol que vem do telhado.
O calendário lunar dentro do guarda-roupas dizendo aos sussurros que a sorte há de mudar. E os livros na gaveta têm uma poeira mágica, que não faz espirrar =)
Ainda aprendo a voar, e volto pra dizer como foi, te embrulho pra viagem e te levo também.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ainda que seja do contra, prefiro crer no meu sonar.


No passo que eu caminhava, um tanto escuro que eu respirava, algo veio e apertou-me a mão. Sorri feliz, pois me senti importante, e o não-ver era banal àquela hora. Mesmo em penumbra, teu toque suave, as vezes frígido ( quem se importa ), me levava onde eu achava que seria meu lugar, onde eu pensava que paravam pra não pensar... para não conversar e fazer do tempo, estagnação, migalha de pão e boa sorte pra todos.
E seguia o calor da sua mão, sem perceber que deixava alguma coisa pra trás.
Eu chegava ao teu lado onde não me dava mais aquela sensação de leveza, como que teu calor fosse se esvaindo, e indo para o lado oposto, me negava, mas acabava cedendo à tua guia.
Até que chegou o dia que, por acidente, deixei alguma coisa cair no chão... larguei da sua mão e voltei em busca de descobrir que seria tal coisa, por que me chamara atenção.
Como se teu calor tivesse mesmo sumindo, não mais senti tua distância. Soltara da tua mão, mas percebi que aquele calor que sentia ao teu toque não vinha de você. Vinha de mim.
O que eu deixava cair as vezes era meu sonar, e como por mágica ele voltava, e voltava, e gritava cada vez mais alto, só que de mais longe a cada vez.
Antes que fosse tarde resolvi que segurar na tua mão de olhos vendados era bom, mas não me manteria em plenitude por muito tempo.
Desde então passei a crer no meu sonido, e o sigo onde quer que esteja, ainda que me aponte o lado errado, ainda que seja do contra. Meu sonar é minha voz interior, minha intuição falando pelos cotovelos que seja. serei sempre fiel à ela.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


E eu tinha caminhado tanto, já me doíam os apoios de um tanto cruel. Foi quando parei e me perguntei pra onde estava indo, afinal.
observei que havia deixado pelo caminho um pedaço meu pra cada pessoa importante que passava por mim. Hoje olhei pro mesmo caminho que venho trilhando às cegas desde sabe-se lá quanto tempo, tentei contar no peito quantos pedaços havia, de bom grado, deixado pra traz... não fui capaz. E na verdade não importa. O que me doeu foi ver no chão alguns desses pedaços que dei. Haviam sido jogados fora.
Ainda há pouco tomei consciência de que estive sempre no caminho errado; Minha alma lembrou-se que existem outros caminhos a seguir, e decidi agora mesmo que ficar distribuindo meu coração por aí, nunca vai me tornar alguém melhor. Ainda hj resolvi que trilhando as sendas secretas da alma, me tornarei alguém melhor do que sou agora, pois nesse caminho não vou dar de cara com a ingratidão, nem com o abandono; serei recompensado a cada vez que der parte de mim.
Caminharei, a partir de hj, em direção ao engrandecimento do meu ser, que há tanto vem sofrendo por não aceitar seu próprio destino.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sobre oq me faz querer gritar...


Quando falo aos sussurros que todo silêncio está condenado à escuridão, sou repreendido. Hoje sei, pelas marcas na minha própria pele que cada palavra em vão é, senão,a confirmação do que disse antes; e assim sei, mais forte ainda, pelas feridas da minha própria alma, que o silêncio provocado pelo olhar desenfreado de dois olhos apaixonados, é sim o não-sonido abençoado. Que muitos já viveram é fato, mas digo do sei em pensamento, em sentimento, pois em verdade lhe digo, meu olhar nunca esteve de frente com saltitante silêncio. Ainda não sei o que fazer com os saltos que me rasgam o peito... vez por outra escrevo. É o que me cabe.
E tenho cultivado um amor belo, daqueles de filmes bregas, que cheiram a pipoca amanteigada, só pra te dar. Hei de ver nosso silêncio em teu olhar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

De quem passa, e fica.


Do quanto têm sido interessantes e valiosos nem chego perto de conseguir expressar, mas sei do que sinto a respeito do que vivi de um tempo pra cá depois que conheci algumas pessoas...
Sabe, conhecer gente é um tanto fácil, por que elas vêm e vão e coisa e tal. O pecado mora na indiferença, na falta de empatia por tanta gente que passa. Mas, nessas idas e vindas, sobra alguém; e ainda no meio dessas que ficam tem aquelas que mesmo no primeiro instante fazem tanta diferença, e provocam tanta mudança, tanto alvoroço e palpitação que merecem não menos que nosso amor por toda a vida, ainda que outros amores venham, e que outros tantos já se tenham ido.
Falo desses que passaram por mim e se foram, dos que ainda estão, dos que ainda virão e dos que por por algum motivo nunca vão passar na minha frente e ainda assim terão seu lugar em mim.
E mesmo que fale, fale, fale tanto, sobre quem quer que seja, minha frustração maior reside em não ser capaz de falar do que sinto por alguém que conheci há pouco, e que tem todo o meu ser pra si, e que desejo sempre ao meu lado. Sem nome e nem endereço, cor, estatura, idade ou sexo, é acima de tudo uma luz que eu olho de frente e não me cega, que inspira beleza e harmonia total com os meus sentidos, que completa meu sentido de existência, que faz dos minutos que passa comigo os melhores que já tive o prazer de viver.
Ainda que me faltem palavras, me sobram sensações pra descrever o que sinto, de fato, ao seu lado, quando penso, ou sequer ouço seu nome (ou milhares de apelidos). É um tanto capaz de tudo, de ser feliz ao meu lado, e ser livre comigo também.
E já que não inventaram outra palavra, outra expressão que seja, o mínimo que eu posso dizer é: Eu Te Amo. mesmo que me falte todo o resto, o teu amor vai sempre estar em mim.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Logo ali, onde acabam as curvas


A hora não era a certa, nem o tempo era bom... mas naquele mesmo ar havia um tom que me sorria. Saquei do vento as palavras indiretas, falando aos sussurros, e quase em silêncio meu coração gritava de emoção, num espasmo desses que se tem quando se dá de cara com um anjo. Ah se não fosse tão longa a estrada... seria logo ali, antes da última curva que estaria me esperando o fantasma da felicidade; de pele branca... cabelos negros, a olhar com seus olhos de homicida, e quando um sorriso dela chegasse... despejaria minha alma em seus braços.

terça-feira, 9 de março de 2010

A solidão, e seu possível fim.


Ainda que na escura solidão paire teu sono luminoso, dentro do teu coração mora a parte do teu Eu secreto que te completa durante os sonhos. Acredita nele assim que o dia nascer, e recomece assim que o dia terminar... e os teus dias serão presenteados com a pureza do amor companheiro. Interligue-se à tua essência, e dela emanará a luz que vai fazer sucumbir aquela escura solidão... a tua alma se manifestará, e será tão feliz quanto for capaz de imaginar.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A matriarca


Dos tempos antigos ela é a que primeiro foi criada. No seu seio muitos já choraram rios, por onde hoje passam velhas embarcações...
Assim como quem quer um ombro amigo, e um abraço carinhoso, peça à ela, e ela será por ti, tão como sois para com os seus. Ela não falha.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Lanterna do mar


Ao longe na calada da noite o velho barquinho seguia, sua vela não brilhava nem o leme funcionava. Assim como quem espera uma porta qualquer se abrir, ele vagava e o dia não aparecia. Mas no fim daquela noite eis que surgiu a luz que ele buscava. Não era a luz do dia, era a luz do mar acesa em poesia, que caíra em sua rede arrastada ao longo do gélido oceano. Como quem tivera riso o barco sorriu, e assim que o dia veio ele esperou ansioso pela longuíssima noite tenebrosa, a fim de ter novamente em seu seio a luz da porta que se abriu.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Dragão do mar, e suas lágrimas de chuva

Quando perdido na minha lucidez, te via, tudo que restava era o calor do teu suspiro. Eu segurava em tua mão, a rachar os dedos de intensidade, com fome de um sorrizo teu, com sede da tua voz cálida, aos saltos de medo do teu olhar pulsante.
Tudo que restou naquela sala eram bugigangas, sem valor. Vou me largar no céu esta noite, riscar nas nuvens os mais estranhos personagens, fazer da chuva breve a mais devastadora tempestade; e depois de chorar, voltarei pra debaixo da goiabeira... no centro da cidade, a colher as lânguidas lágrimas de chuva.

terça-feira, 2 de março de 2010

Uma fonte qualquer


Nesses dias tubulentos ainda consigo encontrar um lugar pra ficar tranquilo. Uma fonte dos desejos que fica lah no quintal de casa... é de lá que eu tiro meu tempo, e reúno no bolso tudo que eu quero levar comigo. No meio da confusão ( é muita coisa) não lembro de tudo que eu queria, e o resto fica pra depois... mas me basta saber que lá onde eu me refugio, sempre vai existir um pedaço real do meu desejo mais íntimo. A vida me presenteou com uma cabeça não muito sã, e por isso posso me vangloriar por ser dono da fonte lá do quintal, debaixo da goiabeira, no centro da cidade...

Das bandas do chapeleiro

Quando o chão se partiu e tudo o mais caiu sem fim, daquele velho chapéu saia a solução... da caverna do Dragão o fogo não mais jorrava, e o ser de natureza estranha que surgiu fez com que toda a treva se extinguisse. O mágico renascera.

segunda-feira, 1 de março de 2010

sobre as pessoas de um tempo atrás


E quando o tempo bateu de frente comigo e senti a pancada, vi ali do lado que essa nostalgia me fez abrir os olhos pra um fato relevante. As pessoas em volta sentem coisas parecidas com as que eu sinto.
E eu não era único!?
A verdade é que tanta gente tem tanto valor,e eu sou o aprendiz da vez. Entenda, a vida tá bem pertinho e eu não fiz nada pra merecer um crédito =O . Harizza... iluminada, saudades; um tanto que tenho até medo de medir ( se fosse capaz).

Um dia desses.

Sabendo que pouca coisa me atordoa nessas últimas semanas resolvi fazer esse blog ( pra ver se fico um pouco atordoado com ele. Consegui. Não sei mexer nesse troço =/ mas vou continuando até o dia que ele venha a se transformar numa coisa realmente interessante. Esse é meu primeiro post... nem sei o que significa post ( ohh god), mas vou seguir publicando meus desenhos aqui. Lembrando que a minha inteção é levá-los até sua casa =D e fazer com que vc se interesse um tanto que queira levar pra casa dos outros, e assim ajude na disseminação dessas pequenas peraltices gráficas.
Divirta-se.