quarta-feira, 3 de março de 2010

O Dragão do mar, e suas lágrimas de chuva

Quando perdido na minha lucidez, te via, tudo que restava era o calor do teu suspiro. Eu segurava em tua mão, a rachar os dedos de intensidade, com fome de um sorrizo teu, com sede da tua voz cálida, aos saltos de medo do teu olhar pulsante.
Tudo que restou naquela sala eram bugigangas, sem valor. Vou me largar no céu esta noite, riscar nas nuvens os mais estranhos personagens, fazer da chuva breve a mais devastadora tempestade; e depois de chorar, voltarei pra debaixo da goiabeira... no centro da cidade, a colher as lânguidas lágrimas de chuva.

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